Bigorna na Cabeça!

quarta-feira, agosto 08, 2007

1408

ATENÇÃO: Este artigo não contém Spoilers!

"O Hotel Dolphin o convida a ficar em qualquer um de seus elegantes quartos. Exceto um."

Ah, vai, duvido que Stephen King não tenha sido a primeira coisa que surgiu em sua cabeça após ter lido essa tagline!? Não? Tudo bem, talvez só eu, e mais alguns admiradores de obras de SK, "O Iluminado", mais precisamente, tivemos essa sensação ao tomar ciência de "1408", nova produção de suspense/terror da "Dimension Films" em parceria com a "Di Bonaventura Pictures".

O longa, que já estreou nos Estados Unidos no dia 22 de junho e chega por aqui no dia 31 de agosto, é dirigido pelo sueco Mikael Håfström (Fora de Rumo), e estrelado por John Cusack (Alta Fidelidade) e Samuel L. Jackson (Pulp Fiction).

O filme é a segunda produção em língua inglesa do diretor Mikael Håfström, que também dirigiu o suspense "Fora de Rumo", de 2005, estrelado por Clive Owen e Jennifer Aniston (a "Rachel" do seriado "Friends"). Na ocasião, o filme não lhe rendeu muita consagração, já que o longa não agradou a crítica mundial e não teve um bom desempenho nas bilheterias.

1408 é baseado em um pequeno conto homônimo de Stephen King - um dos escritores norte-americanos de maior sucesso no mundo e autor das melhores histórias de fantasmas já contadas - que se encontra no livro "Tudo é Eventual", e relata a história de Mike Enslin (John Cusack), um cético escritor, famoso por seus livros, nos quais desmistifica e desmascara lendas sobre fantasmas ou quaisquer fenômenos paranormais. Ele nunca acreditou na existência de fantasmas, porém, ainda mais após a morte da filha, quer acreditar.
Em sua jornada na busca por qualquer atividade paranormal, Mike, após sugestão em um misterioso cartão, decide checar o mal-assombrado quarto 1408 do Hotel Dolphin, e assim concluir mais um projeto. Mesmo após a insistente e incansável tentativa do gerente do hotel, interpretado por Samuel L. Jackson, de fazer Mike desistir da aventura, detalhando as principais mortes ocorridas no local, o incrédulo escritor permanece relutante e decide encarar o desafio.

Comparações com o filme "O Iluminado", são praticamente inevitáveis após as primeiras imagens internas do Hotel Dolphin. Outras semelhanças entre os enredos também podem ser encontradas, mas nada que tire a originalidade do filme.
"O Iluminado (The Shinning)", lançado originalmente 1980, se tornou um marco do gênero "horror" como um dos melhores filmes do gênero na história do cinema. A primeira versão foi dirigida por Stanley Kubrick e trazia o excelente Jack Nicholson interpretando primorosamente "Jack Torrance", um dos personagens principais da trama. Várias de suas cenas se tornaram clássicas no cinema e até hoje é comum encontrar referências à elas em obras culturais diversas, como a música, literatura, TV e até o próprio cinema; uma das cenas mais marcantes é aquela em que o atormentado Nicholson destrói uma porta e através de uma fenda, aberta a machadadas, coloca o rosto em busca pela mulher (assista a essa cena no Youtube, clicando aqui).
Em 1997, uma versão estendida e mais fiel à obra de Stephen King (e o próprio escreveu o roteiro), que trazia no elenco a veterana Rebecca De Mornay, foi lançada em formato de mini-série para TV, e logo depois em vídeo. A adaptação é a preferida por uma parte considerável dos fãs do escritor (inclusive eu) por trabalhar melhor e mais intensamente diversos elementos e acontecimentos do livro, também por abordar a história de uma forma mais dedicada.

1408 é somente baseado na idéia principal do conto de Stephen King, não é uma adaptação leal da obra. Quem leu o conto, vai notar as diferenças no filme: como a quantidade de mortos e relatos sobre eles, personagens diferentes e outros adicionais, alterações em alguns diálogos entre os personagens. O roteiro do filme possui algumas diferenças, o que é perfeitamente comum, já que é um pequeno conto sendo adaptado para um longa-metragem.
O filme apresenta alguns acontecimentos estranhos e contém até algumas cenas estúpidas, mas nada disso tira a sua credibilidade.

As gravações do filme tiveram locações em Nova Iorque, Los Angeles e Inglaterra. O hotel que serviu como tema, fica na Pennsylvania.
Tony Shalhoub, mais conhecido pelo seriado "Monkey", também faz participação especial no filme. Kate Walsh a principio estava no elenco do filme, mas devido a alguns conflitos de trabalho com a série "Grey's Anatomy", teve de ser substituída.

Com uma trama surpreendente, 1408 nos proporciona um clima tenso, assustador e angustiante durante todo o tempo, e equilibra isso com uma dose de drama, abordando questões emocionais. A cada minuto do filme, você torce para que tudo acabe logo e bem para Mike.
O desenvolvimento da história, assim como as sequências visuais, efeitos visuais e sonoros, são excelentes. John Cusask está novamente excelente e consegue passar através da rigorosa performance, que inclui suas expressões faciais, a sensação de que ele realmente está vivendo aquilo. Samuel L. Jackson, apesar da breve participação, mantém sua qualidade já reconhecida em Hollywood e no mundo.

1408 é intrigante, alucinante, surpreendente e aterrorizante, uma verdadeira história de fantasmas abordada de uma forma excelente. No dia 31 agora, corram para o cinema!

LINKS RELACIONADOS:

• Site Oficial: http://www.1408-themovie.com/
•• Página no IMDb: http://www.imdb.com/title/tt0450385/
••• Trailer Oficial legendado em português (Youtube):

Dados Gerais:

Título original: 1408
Gênero: Terror/Suspense
Duração: 94 min
País de origem: USA
Idioma: Inglês
Lançamento: 31 de agosto (2007)
Roteiro: Matt Greenberg, Scott Alexander, Larry Karaszewski
Produção: Dimension Films/Di Bonaventura Pictures
Distribuição: Imagem Filmes
Elenco: John Cusack, Samuel L. Jackson, Mary McCormack, Jasmine Jessica Anthony, Len Cariou, Ray Nicholas, Paul Kasey, Tony Shalhoub.
Filme baseado em obra de Stephen King.

segunda-feira, julho 02, 2007

Já ouviu Regina Spektor?

A compositora, cantora e pianista russa, nasceu em 18 de Fevereiro de 1980 e viveu até os nove anos em Moscou, de onde se mudou, durante a Perestroika (período onde era permitida a emigração dos cidadãos Judeus). Se estabeleceu em Nova Iorque, no Bronx, após passagens pela Áustria e Itália. Seu pai era fotógrafo e violinista amador e sua mãe professora de música, que lecionou na "Russian College of Music (Faculdade Russa de Música)" e atualmente em uma escola pública em Mount Vernon. O fato de os pais serem músicos fez com que Regina tivesse, na infância, contato com o piano; um "Petrof", que sua mãe havia ganho do avô.

Ainda em Nova Iorque, Regina formou-se na "Salanter Akiba Riverdale Academy (SAR Academy)" - um colégio particular yeshiva e judaico ortodoxo co-educacional - e depois dividiu quatro anos de estudos nas escolas "Frisch School" e "Fair Lawn High School", em Nova Jersey, onde concluiu seus estudos colegiais.

Em nova Iorque, aos 17 anos, Regina teve aulas de piano com Sonia Vargas, professora da "Manhattan School of Music (Escola de Música de Manhattan)", e quem o pai de Regina conheceu através do violinista Samuel Marder, marido da professora. A professora lhe garantiu um ensino profundo sobre música clássica e piano. Já que não podia mais contar com o Petrof, infelizmente deixado para trás durante a mudança da família, Regina então teve de praticar em mesas, tábuas ou em outras superfícies planas (tabletops), e em um velho piano encontrado no porão de sua sinagoga.

Regina sempre compunha canções em sua casa, mas a aptidão foi descoberta após uma viagem para Israel, em sua adolescência, onde atraiu a atenção de seus companheiros de viagem pela maneira com que criava suas canções enquanto caminhava. Nessa viagem, Regina teve seu primeiro contato com Joni Mitchell e Ani DiFranco, que a fizeram perceber que poderia criar suas próprias músicas. Começou a compor suas primeiras músicas "A capella" (Termo originado na Itália e que denomina canções cantadas sem acompanhamento instrumental, "como na capela") aos 16, e aos 18, aproximadamente, finalizou sua primeira música com voz e piano.
Regina completou o programa de composição de estúdio de quatro anos do Conservatório de Música em "Purchase College" em Purchase, Nova Iorque, em apenas três anos, e se formou com méritos em 2001. Nesse meio tempo, trabalhou por pouco tempo em uma fazenda de borboletas na cidade de Luck, em Wisconsin, e estudou música por mais um semestre na Inglaterra, em Tottenham.

Suas influências vêm de artistas de vários gêneros (clássico, jazz, rock, hip-hop, punk), como Beatles, Queen e The Moody Blues; por meio do pai, que trouxe fitas cassetes da União Sovietica. Conviveu também com artistas de música clássica, como Frédéric Chopin. Passou a gostar de hip-hop, rock e o punk na adolescência.

Regina começou a se apresentar em sinagogas, conservatórios e bares, ganhando reconhecimento na cena anti-folk em geral no centro da cidade de Nova Iorque com performances em locais como "Living Room", "Tonic", "Fez", "Knitting Factory", "CB's Gallery". Durante esse período, ela vendia por conta própria cópias de seus discos lançados anonimamente (o "11:11" de 2001 e o "Songs", de 2002).

Clique para ampliarSeu estilo musical é composto por diversas técnicas e misturas de gêneros, e é associado ao sub-gênero Anti-folk. Regina possui domínio completo no piano/teclado, além de tocar um pouco de guitarra ("apenas em alguns casos", como ela mesmo costuma dizer). Em suas composições, aborta temas como o amor, alegria, tristeza, religião, morte e coisas comuns e rotineiras do dia-a-dia, e soma isso à boas doses de cinismo, ironia e sarcasmo. Todos os elementos em sua música são tradados de forma sensível, inteligente e criativa. Várias referências literárias e musicais podem também ser encontradas em suas músicas.

Regina lançou seu primeiro disco, 11:11 (Eleven, eleven), em 2001, mas não teve uma grande vendagem, porém foi bem recebido pela crítica em geral. Songs, de 2002, foi o seu seguinte trabalho, mas também não seria como "Soviet Kitsch" (capa abaixo), de 2004, seu álbum de maior sucesso. Apesar do fato de Regina Spektor ser considerada uma das artistas mais criativas e originais hoje, há quem a compare com Fiona Apple e Tori Amos.

Sem opção de ampliaçãoNão somente pela voz doce e de timbre tão marcante, Regina também chama a atenção para diversas peculiaridades em suas músicas; pausas, quebras rítmicas, mudanças de climas em uma mesma música, percussão em cadeiras, além de sonoridades produzidas por sua própria voz; como gemidos, gritos, sussurros, diálogos engraçados e palavras/frases em latim, russo e francês.

Em 2003/2004, passou a abrir alguns shows para o Strokes e, consequentemente, a fazer apresentações para públicos maiores. Gravou também "Modern Girls & Old Fashion Men" com a banda, e o b-side saiu no single de Reptilia, do disco "Room on Fire". Participações em programas como "Late Night" com Conan O'Brien (duas vezes), "The Tonight Show" com Jay Leno (duas vezes), "Jimmy Kimmel Live", "Last Call" com Carson Daly (três vezes), "Late Show" com David Letterman, "CBS News Sunday Morning", "Good Morning America" e, mais recentemente, "Friday Night" com Jonathan Ross, lhe renderam uma grande divulgação/difusão e reconhecimento; seus shows passaram a ser maiores e citações começaram a surgir constantemente em jornais, revistas, sites, rádio e tv.

No palco, Regina conquista só pela presença. Dona do sorriso mais lindo e sincero que eu já vi, sua interação com o público e a maneira de se comportar são tão singularmente cativante. A timidez, a forma com que reage ao público, o sentimento e tom de sua voz ao agradecer constantemente, dizer "oi", sussurrar "eu te amo" em resposta a algum fã que grita antes, ou fazer comentários engraçados sobre suas técnicas musicais e outros fatos, fazem com que ela pareça uma menininha em cima do palco. É inevitável rir, chorar, cantar e se emocionar com essa mulher que parece uma criança brincando de fazer música.
Além de músicas de todos os seus álbuns, em 2005 Regina passou a interpretar alguns covers em seus shows; na lista, Madonna, Leonard Cohen e Beatles, entre outros.

Em 2006 "Begin to Hope", seu atual trabalho, foi lançado também no Brasil e é tão lindo e lírico quanto aos anteriores, porém menos experimental; o que não compromete em nada a sua qualidade. O disco é sensacional por completo, mas destaco minhas preferidas "Samsom", "On the Radio", a boba "Hotel Song" e "Après Moi", onde Regina canta versos do poeta russo Boris Pasternak, autor do clássico "Doctor Zhivago (Doutor Jivago)". Nick Valensi, guitarrista do Strokes, participa do disco na faixa "Better".

Regina atualmente está em turnê, fazendo apresentações em vários países (que não inclui o Brasil =\). Recentemente fez apresentações no "Coachella Festival" (na Califórnia, EUA) e no Bonnaroo Festival (em Manchester, Tennessee nos EUA). Regina integra também a grade de apresentações do Lollapalooza Festival, que acontece em agosto em Chicago, EUA.


DISCOGRAFIA:
- 11:11 (2001)
- Songs (2002)
- Soviet Kitsch (2004)
- Begin to Hope (2006)

OUTRAS COMPILAÇÕES:
- Mary Ann Meets the Gravediggers and Other Short Stories (2006)
Disco que contém gravações incluídas nos seus três primeiros lançamentos (coletânea).

VÍDEOS YOUTUBE:
Vídeo-clipes oficiais;
- Samsom
- Us
- Fidelity
- On the Radio

Apresentações Ao Vivo;
- Après Moi, Ao Vivo no Bonnaroo Festival 2007.
- Your Honor, Ao Vivo no Bonnaroo Festival 2007.
- On the Radio, Ao Vivo no "The Late Show", em 04/20/2007.

DOWNLOAD:
- Apresentação completa feita no Bonnaroo Festival 2007.
(Créditos: Comunidade "Regina Spektor", no Orkut)
Formato: WMV / Tamanho: 442MB / Tipo de Servidor: Http, link direto.

REGINA SPEKTOR, site oficial: http://www.reginaspektor.com/

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segunda-feira, abril 09, 2007

300. This is Sparta!

ATENÇÃO: Este artigo não contém Spoilers!

Clique para ampliar "300", é o título da mais nova aventura épica lançada no dia 9 de março nos EUA e 30 no Brasil. pela Warner Bros. Zack Snyder ("Madrugada dos Mortos") é quem dirige essa adaptação para o cinema da graphic novel, "Os 300 de Esparta" de Frank Miller e Lynn Varley.

Uma das maiores histórias de heroísmo da humanidade, já retratada no cinema em 1962, com "Os 300 de Esparta" (The 300 Spartans), e nos quadrinhos, pelo genial Frank Miller com a graphic novel de mesmo título, ganha uma nova versão totalmente revolucionária!
O longa é estrelado por Gerard Butler ("007 - O Amanhã Nunca Morre", "O Fantasma da Ópera", "Beowulf & Grendel"), Rodrigo Santoro ("Bicho de Sete Cabeças", "Carandiru", "Simplesmente Amor", "Lost") e Lena Headey ("O Retorno do Talentoso Ripley", "Os Irmãos Grimm"), e narra a história da batalha das Termópilas, fato histórico e parte das Guerras Médicas, da segunda, ocorrida por volta de 480 anos antes de Cristo. O Rei espartano Leônidas e seu singelo exército de apenas 300 homens conseguem fazer o seu papel perante à tropa conduzida por milhares de soldados persas ao comando do Rei Xerxes, filho de Dario I, e que se auto-denominava um Deus.

A velha fórmula, primórdia no mundo do cinema, e que atrai público de praticamente todas as faixas etárias, está em alta atualmente. As adaptações de histórias e personagens, como Batman, Superman, originados nos quadrinhos, confirmam isso.
O recurso vem sendo muito explorado, e transforma desenhos em grandes produções cinematográficas.
Todos se lembram de "Sin City", adaptação dos quadrinhos também de Frank Miller. O filme causou um grande impacto comercial mostrando ao público uma grande produção moderna com cenários digitais e uma estrutura chamativa. Sin City dividiu opiniões, mas foi muito bem aceito pelo público e críticos liderando rankings de filmes mais vistos ao redor do mundo.
Outros títulos mais recentes entram para a lista, que hoje é bem extensa, de grandes produções com os temas originados nos quadrinhos: "Constantine", "Quarteto Fantástico", "Homem-Aranha", a sensacional trilogia (até agora) dos heróis mutantes de "X-Men", "Motoqueiro Fantasma".
300 é a mais nova ficha da Warner e promete subverter um dos mais importantes fatos históricos da humanidade e agitar os cinemas de todo o mundo.

Zack Snyder nunca foi conceituado em Hollywood, e só era conhecido pelos seus vídeos musicais e comerciais para TV. Seu primeiro esboço de 300 foi rejeitado por quase todos os executivos de grandes estúdios em Hollywood, entre eles a Warner, que na época estava fazendo "Tróia", com Brad Pitt.
O diretor americano de 41 anos começou a provar do que é capaz em 2004, quando refilmou o clássico de George Romero, "Dawn of the Dead" ("Despertar dos Mortos" no Brasil), originalmente lançado em 1978 - "Madrugada dos Mortos" foi o título dado em português para o remake de 2004. O filme rendeu cinco vezes mais o valor de seu custo e após tanta insistência, o cineasta conseguiu fazer com que a Warner produzisse o filme.

SOBRE O FILME:

300 usa e abusa dos recursos dos computadores e de seus designers gráficos. Rico em cenários completamente digitais, já que todas as cenas foram filmadas em um estúdio a frente de grandes telas azuis, o filme consegue deixar de lado os aspectos artificiais e domar as possíveis e sempre esperadas reações negativas dos mais aficcionados por quadrinhos e temas épicos.

Sem opção de ampliaçãoFrases fortes e de grande impacto, efeitos visuais, fotografia, seqüências atraentes e emocionantes de luta, violência e sangue digital são destaques principais do épico. Gerard Butler (Leônidas) e Rodrigo Santoro (Xerxes), com seus três metros de altura e uma voz gutural que gela a espinha ao ouvir (ambos dados pelo computador), assim como os personagens Dilios (David Wenham) e Stellios (Michael Fassbender), interpretam seqüências de diálogos e ações de batalha sensacionais e emocionantes, pra ninguém botar defeito.

Sem opção de ampliaçãoFrank Miller, que baseou sua obra na verdadeira Batalha das Termópilas, ocupa o cargo de produtor executivo e consultor no longa, e assim como já havia feito em Sin City, dá um toque especial ao projeto, que é fiel a graphic novel.

O filme é sucesso em bilheteria e renda, e estreou em 1º lugar no ranking de filmes mais vistos em 13 países da Ásia, entre eles a Coréia do Sul, Turquia, Tailândia, Hong Kong e Índia, arrecadando mais de US$ 15,6 milhões. Nos Eua, após duas semanas no primeiro lugar do ranking, 300 caiu para a 2º colocação, ficando atrás apenas da nova aventura computadorizada das Tartarugas Ninjas.
No Brasil o filme estreou também em primeiro lugar no ranking, teve mais de 600 mil espectadores em mais de 550 salas, em 160 cidades, e arrecadou, em dois dias de exibição (sexta e sábado), o equivalente a R$ 5,4 milhões.

Com mais de US$ 160 milhões arrecadados, 300 pode ultrapassar a incrível e invejável barreira dos US$ 200 milhões e se tornar um novo clássico para o cinema mundial, entrando assim, para a lista cult mundial.

Pontos negativos do filme: Os cenários digitais acabam se tornando repetitivos demais, e causam um certo desconforto depois de algum tempo.
Sobre possuir alguns exageros, como animais gigantescos e grotescos usados nas batalhas, um Deus-Rei de três metros de altura com uma voz totalmente desproporcional, soldados imortais e coisas do gênero; isso tudo pode bem ser desconsiderado, caso se leve em conta o fato de que apesar de ser um acontecimento histórico sendo narrado, o filme é uma ficção.
Há quem condena e repudia o filme por ele se desviar do que realmente é fato, por ele não narrar ao pé da letra o acontecimento histórico.
* O filme não é baseado em fatos reais, e sim apenas em um acontecimento histórico. Creio que críticas sobre esse tópico são totalmente desnecessárias; 300 é um filme de ficção, não pretende ser algo além disso, não quer enganar ninguém tantando nos fazer acreditar que em 480 a.C as coisas eram da maneira que são mostradas no filme.
O filme só existe a fim de entreter o espectador e nada mais.

Sobre o que é 300? 300 é um filme sobre honra, fidelidade, coragem, bravura. Honestidade, valores, crença, lealdade. É sobre lutar e permanecer forte mesmo quando as hipóteses são tão negativas. Sobre defender os seus ideais e valores acima de tudo . Sobre ser um homem livre.

Em 300, Snyder consegue não somente mostrar como uma adaptação de quadrinhos deve ser, mas também dá um novo conceito sobre épicos no cinema.
300 é a prova final de que um diretor de vídeo-clipes consegue sim dirigir um dos melhores filmes do ano, e que vai entrar pra lista de clássicos. “300 é o que Tróia sempre quis ser quando crescer”.


Zack Snyder: O diretor recentemente divulgou a informação de que fará "Army of the Dead"; que se trata de outro filmes do sub-gênero Zumbis/Mortos-Vivos. O filme narrará a história de um pai que faz o possível para salvar a filha na cidade de Las Vegas, que está totalmente infestada por zumbis. O longa deve ficar para 2009, já que "Sucker Punch", uma ação/fantasia, também está na lista de trabalhos do cineasta. Não se sabe se "Army of the Dead" teria alguma relaçao com “Madrugada dos Mortos”, se seria uma continuação.
Deixando o universo dos comedores de carne humana, Zack Snyder já está trabalhando em uma adaptação para o cinema de uma das mais famosas séries em quadrinhos sobre super-heróis de todos os tempos: “Watchmen”, de Alan Moore e Dave Gibbons, vai para as cinema e começa a ser filmado em julho.
Snyder está empolgado e promete fidelidade à super produção que deve ser lançada em 2008.

Rodrigo Santoro: A carreira do ator brasileiro só tem crescido nos últimos anos. 300 foi uma grande experiencia e deixa claro que a carreira do ator deve crescer cada vez mais.
Em diversas entrevistas, Rodrigo se mostra empolgado e orgulhoso com o sucesso que 300 está fazendo, juntamente ao seu personagem, que é o mais importante interpretado por ele até hoje.

Gerard Butler: Cogita-se a participação do ator em Watchmen, mas nada foi confirmado oficialmente.
O ator está envolvido com quatro longas, são eles: “Priest” (2008) (Em pré-produção) (Participação sendo negociada), direção de Ivan Isaacs; “Therese Raquin” (2008) (Em pré-produção), direção de Laurent; “P.S., I Love You” (2007) (Em pós-produção), Gerry Kennedy dirige e “Butterfly on a Wheel” (2007) , dirigido por Neil Warner.

Sites oficiais (Trailers, downloads, interatividade e mais):
http://wwws.br.warnerbros.com/300 (Em Português)
http://300themovie.warnerbros.com/ (Em Inglês)

Título Original: 300; Gênero: Aventura épica; Tempo de Duração: 117 minutos; Data de lançamento: 09/03/2007 (Eua), 30/03/2007 (Brasil); Estúdio: Warner Bros Pictures / Virtual Studios / Legendary Pictures / Hollywood Gang Productions / Atmosphere Entertainment MM; Distribuição: Warner Bros; Direção: Zack Snyder; Roteiro: Kurt Johnstad, Zach Snyder e Michael Gordon, baseado em graphic novel de Frank Miller e Lynn Varley; Produção: Mark Canton, Bernie Goldman, Gianni Nunnari e Jeffrey Silver; Música: Tyler Bates; Fotografia: Larry Fong; Desenho de Produção: James D. Bissell; Direção de Arte: Isabelle Guay, Nicolas Lepage e Jean-Pierre Paquet; Figurino: Michael Wilkinson; Edição: William Hoy; Efeitos Especiais: Animal Logic / Lola Visual Effects / Spectral Motion Inc. / Buzz Image Group / Hydraulx / Meteor Studios / Pixel Magic / CA Scanline Production GmbH / Gentle Giant Studios Inc. / Hybride Technologies / Screaming Death Monkey.

Em exibição nos cinemas!

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sexta-feira, dezembro 01, 2006

"Turistas", a mais nova polêmica vinda dos EUA.

Clique para ampliar "Turistas" (TRAILER AQUI), é o título, original, da mais nova produção norte-americana de terror, que ainda nem chegou ao Brasil, mas já vem causando polêmica.
O filme, que estréia no dia 1º de dezembro nos Estados Unidos, traz a seguinte trama: Um grupo de jovens mochileiros, em uma turne de férias, sofrem um acidente que os deixa perdidos em uma remota selva Brasileira; é quando são sequestrados por ladrões de órgãos. Até aí tudo bem, mas a selva tinha de ser brasileira...

Pouco depois de ter o seu lançamento anunciado, o filme, que já chamam de "Albergue latino", despertou a manifestação de centenas de pessoas. Comunidades no Orkut foram criadas em massa, o assunto começou a ser discutido nos mais diversos fóruns brasileiros. A indignação já era presente.

Patriotas revoltados, que até então pareciam estar de férias (já que a copa do mundo acabou), surgiram aos montes para exporem suas opiniões repressivas e de repúdio ao filme e aos seus idealizadores. Até a Embratur entrou na onda: temendo que o conceito apresentado no filme prejudique o turismo brasileiro, a empresa promete lançar campanhas para "limpar" a imagem do Brasil nos Estados Unidos.
Apesar de tudo, o turismo brasileiro é considerado bom. Em pesquisas realizadas pela própria Embratur, está cotado como Bom e Excelente pela maioria dos estrangeiros que visitam o país. Vale ressaltar o fato de que o turismo representa mais de 10% dos gastos totais da população de todo o mundo e o turismo brasileiro é um dos principais contribuidores para a economia do Brasil; daí o fato de estarem todos agitados.
A revolta começou a estar-se presente após a grande publicidade que o filme ganhou; foi aí que começaram a aparecer pessoas indignadas, revoltadas e ofendidas dizendo que o filme denigre a imagem do país, ofende a moral de todos os brasileiros e que vai distorcer ainda mais a imagem do Brasil nos Estados Unidos.

É importante citar que o filme foi realmente gravado no Brasil, e não somente a história se passa no país. A atriz Andréa Leal e alguns outros atores brasileiros tiveram participação especial.

A Fox Atomic, empresa responsável pelo lançamento do filme, promoveu a criação de um portal. O site simula um guia completo sobre o Brasil, para turistas. É possível ver notícias sobre supostos crimes ocorridos, algumas referencias pejorativas e uso excessivo de "piadinhas de norte-americanos". Foi declarado que a produção botou tanto medo no elenco do filme, e os deixou tão tensos, que eles precisaram dormir em barracas perto dos locais de gravação, temendo ser atacados por algum doido.
Márcio Fraccaroli, O chefe do setor executivo da Paris Filmes, empresa responsável por trazer o filme ao Brasil, é contra a divulgação da Fox Atomic. Ele declarou que entrou em contato com a produtor do filme e disse que está insatisfeito com a forma de publicidade que estão fazendo: "O que eles estão exagerando, e que nós não vamos divulgar, é mostrar uma coisa que não é verdade. Todos nós sabemos que existe violência no Brasil, mas não é algo generalizado, como colocaram no hotsite".
Em reportagem feita ao Los Angeles Times, o roteirista, Michael Ross, disse que o filme é baseado na realidade brasileira e que os acontecimentos apresentados no filme podem acontecer.

Tudo bem, estão pegando pesado na divulgação desse filme, generalizando e colocando coisas que não são verdadeiras, mas isso tudo não é a metade do que acontece por aqui, quem vive aqui sabe o que precisa combater todo o dia para chegar em casa vivo.
Nasci, cresci, moro, amo e defendo o meu país, mas nem por isso vou arrancar meus cabelos de tanta raiva porque um filme "teen" norte-americano, feito por norte-americanos, estaria sugerindo que aqui só vivem assassinos sanguinários e que o Brasil é a terra da farra, sexo, praia, mulatas, caipirinha e carnaval. Também acho bobeira pensar que esse filme possa ferir alguém, tentando denegrir a nossa imagem. Qual filme de ficção poderia prejudicar o Brasil a essa altura? Isso o próprio país da conta de fazer, e com muita eficiência.

Se um simples filme de terror ofende e denigre alguém ou um país, somente por supor que tais acontecimentos nele presentes e que só existem para compor o seu enredo, são verdadeiros ou podem acontecer, então quer dizer que a ficção virou realidade; ninguém que vá mais para o Canadá, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Itália, França ou outro país; pois estará correndo o risco de ter o corpo dilacerado por um bando de Mortos-Vivos, de ser sequestrado e preso dentro de um cubo cheio de armadilhas, ser perseguido por um maníaco com serra elétrica ou ter de participar de jogos macabros contra a própria vontade. Pelo amor de Deus, nem pensem em passar perto da Eslováquia!

Turista maluco é aquele que resolve visitar a o Brasil, se sujeitando a qualquer ataque de algum marginal doente escondido por aí. Já cansamos de ver reportagens sobre turistas que são enganados, sequestrados, roubados, até mesmo assassinados.
Se os turistas estrangeiros soubessem o que realmente acontece por aqui, excluiriam a palavra "Brazil" do vocabulário.
Tudo bem, há tanta coisa boa por aqui, e violência existem em todo o mundo, turistas estão sujeitos a violência estando em qualquer parte do mundo. É óbvio que não sou contra turistas virem para cá, precisamos muito dos norte-americanos, assim como pessoas de outros países, mas o Brasil como está hoje, não tem condições de garantir a integridade física de um estrangeiro.

E cá entre nós, eu não me sentiria/sinto nem um pouco ofendido por qualquer critica ou ofensa vinda de um país onde a população reelege o maior dos terroristas do mundo como presidente. Sem querer fazer qualquer tipo de ofensa, mesmo porque tem muita gente inteligente lá, mas ô povinho ignorante esse.

* A estréia do filme no Brasil ainda não está definida, portanto, é melhor procurar outro título da se entreter esse fim de semana :)

Brasil danificado? Danificado vai ficar o cérebro de quem insiste em gastar energia odiando esse filme. Já há tanto com o que se preocupar.

Dados Técnicos:
Título original: Turistas
Título brasileiro: Turistas
Gênero: Terror
Tagline: Go Home.
Elenco: Josh Duhamel (Alex); Melissa George (Pru); Olivia Wilde (Bea); Desmond Askew (Finn); Beau Garrett (Amy); Max Brown (Liam); Agles Steib (Kiko); Miguel Lunardi (Zamora); Jorge Só (Bus Driver); Cristiani Aparecida (Nativa); Lucy Ramos (Arolea); Andréa Leal (Camila); Diego Santiago (Jacare); Marcao (Ranan); Miguelito Acosta (Jamoru)
Idioma: Inglês/Português
Tempo de duração: 89 min
País de origem: Estados Unidos
Colorido/Mixagem de Som: SDDS / Dolby Digital / DTS

* Mais dados ténicos você consegue clicando aqui.

Leia também:
- Filme sobre americanos torturados no Rio levanta polêmica.
- Produtor de "Turistas" defende o filme e diz que nossa imagem já prejudica o Brasil.
- Embratur diz que ator de "Turistas" pede desculpas ao povo brasileiro.
- Crítica americana massacra filme de terror ambientado no Brasil.

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sexta-feira, novembro 24, 2006

Tarde...

Vento, vento tão frio, tarde, tarde tão cinza.
Será que terei você um dia? Será que a ouvirei cantar um dia?
Será que deslizarei meus dedos em seus cabelos um dia? Será que lhe abraçarei um dia?

Vento, vento sombrio, tarde, tarde vazia.
Será que a lua, a chuva e o sol nos cobrirão juntos um dia? Será que haverão muitas noites e dias?

Lágrima, lágrima escorrida, tarde, tarde entristecida.
Queria sentir outra emoção, e não essa de tamanha solidão.
Será que um dia não me sentirei assim e a terei perto de mim?

Espero que não demore a vir, sei que as tardes incertas e desconhecidas nunca deixarão de existir...

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